Queria conhecer um Desconhecido,
Casar com ele talvez.
Ter filhos de um Desconhecido,
Quem sabe,
Podia ser Feliz...
Era não o conhecer a ele
Nem ter de me conhecer a mim,
Porque era para Ninguém,
Não tendo de ser alguém.
Era acordar e não dar satisfações,
Era chegar, sem preparar refeições.
Que importava tudo isso?
Ele não me conhecia,
O que mais sabia, nada lhe valia.
Se quisesse chorar,
Choraria.
Se quisesse esbofetear,
Esbofetaria.
Ele simplesmente não me conhecia.
Era Ser sendo verdadeiramente,
Sem medo.
Era poder bater com a porta,
Ou correr para uns braços ternos.
Era apresentar à família
Como amigo ou marido.
Era dizer tudo sem o perigo de ser magoado
Era fazer, sem ver pecado.
Que tal?
Parece-te bem?
...
A mim também.
Vamos tornar-nos Desconhecidos,
E fazer deste poema o nosso desconhecimento,
Para que nunca nos conheçamos verdadeiramente.
Isso dói. Muito.
Sem comentários:
Enviar um comentário