Só me saem frases curtas...
Hoje digo: Amo a Natureza, mas não a sei amar...
E fico triste, muito triste com isso.
Ela merecia,
Pelo menos isso.
Vamos escrever sobre o que nos apetecer, da forma que sentirmos, sem nunca pensarmos porque é que o continuamos a fazer...
Frase do Dia
- "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Espectáculo
Bate palmas,
porque isso nos mantém unidos.
Sorri,
que isso fortifica-nos.
Sensibiliza-te,
porque isso cria laços.
Abraça,
porque isso mantém-nos quentes.
Naquela sala de espectáculo, para sempre imortalizadas as nossas vivências, as nossas brincadeiras, a nossa Amizade.
Por isso,um dia sentiremos profunda saudade daquelas sextas à noite, em que, numa questão de horas, tornávamo-nos realizados.No regresso a casa encostados ao vidro frio, éramos: Pelas relações e pelas lições.
Assim se faz Gente.
porque isso nos mantém unidos.
Sorri,
que isso fortifica-nos.
Sensibiliza-te,
porque isso cria laços.
Abraça,
porque isso mantém-nos quentes.
Naquela sala de espectáculo, para sempre imortalizadas as nossas vivências, as nossas brincadeiras, a nossa Amizade.
Por isso,um dia sentiremos profunda saudade daquelas sextas à noite, em que, numa questão de horas, tornávamo-nos realizados.No regresso a casa encostados ao vidro frio, éramos: Pelas relações e pelas lições.
Assim se faz Gente.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Escolher
De tão súbito,
Como o último suspiro nesta vida.
Deixámos de escrever.
Depois de sentirmos a vida fugir,
Num instante de respiração.
Vem a morte e o estar morto,
Vem o sentir-se fora de si.
Morrendo num sítio que ainda desconheço,
Chamarás pela vida, ou não.
Ao que consta de lá ninguém voltou,
Deve ser bom.
Por lá fica,
Se essa vida se te apetecer,
Mais do que esta
Como o último suspiro nesta vida.
Deixámos de escrever.
Depois de sentirmos a vida fugir,
Num instante de respiração.
Vem a morte e o estar morto,
Vem o sentir-se fora de si.
Morrendo num sítio que ainda desconheço,
Chamarás pela vida, ou não.
Ao que consta de lá ninguém voltou,
Deve ser bom.
Por lá fica,
Se essa vida se te apetecer,
Mais do que esta
Desejar
Desejar tão profundamente,
Não ligar,
Não atender a pedidos.
Desejar tão profundamente a indiferença.
Porque os diferenciados doem.
Desejar, desejar.
Porque só se começa a desejar,
Quando uma coisa,
Que outrora foi nossa,
Começa a tornar-se indesejável.
É isto desejar.
E por isto desejar é bom,
E por isto desejar é mau.
Não ligar,
Não atender a pedidos.
Desejar tão profundamente a indiferença.
Porque os diferenciados doem.
Desejar, desejar.
Porque só se começa a desejar,
Quando uma coisa,
Que outrora foi nossa,
Começa a tornar-se indesejável.
É isto desejar.
E por isto desejar é bom,
E por isto desejar é mau.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Português e Língua Portuguesa
Odeio Português.
Amo a Língua Portuguesa.
Levados como carneiros... Seremos um dia como os pensamentos de Caeiro, pouco alienados, restritos e acima de tudo como utopias infelizes.
Começa a estar na hora de lançarmos os espíritos ao lugar que lhes pertence.
Ao além.
Sejamos por uma vez livres.
Não sendo nas ruas, que seja no papel.
Amo a Língua Portuguesa.
Levados como carneiros... Seremos um dia como os pensamentos de Caeiro, pouco alienados, restritos e acima de tudo como utopias infelizes.
Começa a estar na hora de lançarmos os espíritos ao lugar que lhes pertence.
Ao além.
Sejamos por uma vez livres.
Não sendo nas ruas, que seja no papel.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Esperar
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Ao paralelo que me chama "sensível"
Numa daquelas manhãs amarelas, que mesmo claras não inspiram qualquer felicidade...entrei pela porta daquele edifício, a que um dia viria a chamar Casa.
De cabeça erguida, mas profundamente desmotivada, com uma camisa branca e umas calças pretas entrei naquela sala e sentei-me ao teu lado.
Aparentemente um rapaz com nervosismo miudinho, disperso, desatinado pelo sua perfeita disciplina. Quem sabe atento, mas o seu olhar não me dizia grande coisa. Era seco. Mal sabia o que dali viria.
Nesse dia fui capaz de sair sem saber o teu nome... Que importava? Não sabia nem o teu nem o de quase ninguém. E quando as pessoas não nos dizem nada inicialmente, temos tendência a colocá-las numa caixa fechada, no limiar de nós mesmos. Mal. Mas vá lá, esta não se fechou...
Semanas mal passadas no início. E por isso tu, tal como outras pessoas foram como peças de mobília, de um lar que não tinha vontade de construir.
Um dia um bichinho entrou-me, fulminante, pela entranhas. Foi numa aula de português. Ninguém se revelava muito e a tua intervenção, por muito brilhante que tenha sido, passou quase despercebida. Mas para mim não. Aquela tua frase parafraseada da obra de Camões foi como uma epifania. Senti-me ir ao céu... Foi um orgasmo literário. Rendi-me nesse momento.
A aproximação não foi fácil, mas foi natural. Tão natural, que ainda hoje nos revelamos como eternas novidades um ao outro.
As tuas adorações quase obscenas por algumas das figuras que marcaram este país, deixavam-me louca. Irritada. Era capaz de exultar tudo o que me vinha de ti, numa frase ríspida e intolerante. Mas calma, a curiosidade nesse ponto falou mais alto, fui capaz até, de ouvir com atenção, o que para mim eram barbaridades. (ai o silêncio, o silêncio das mulheres do Aristóteles).
Sempre me fascinou o teu poder imaginativo, o teu silêncio sábio, o teu riso primeiro tímido depois mais solto. Foi pouco a pouco, mas com muita intensidade que a minha admiração por ti se foi revelando.
As memórias destas vivências de três anos ficam guardadas em nós, livres como nós mesmos. Mas o que escrevo de ti para ti é eterno e inesgotável como o infinito no limite exponencial.Não me canso, não me cansas e isso é o que de mais belo há em nós.
O que mais desejo para ti é que sejas Feliz. Na tua tão pura racionalidade honesta, que vás mais longe que Kant, que escrevas melhor que Reis, que comandes melhor que os teus ídolos, que saibas mais, muito mais que o Marcelo Rebelo de Sousa. Não te preocupes, para tudo isto...só precisas de ser tu mesmo.
Gosto de Ti.
E estou feliz porque abri ao Mundo a caixa onde te tinha guardado.
Continuamos?Assim o espero, saberás melhor que eu que a vida é efémera e passageira.
domingo, 21 de novembro de 2010
Apologia ao amigo Reis
Ricardo Reis, um dos heterónimos de Fernando Pessoa terá nascido em 1887, tendo sido apenas, em 1912 mostrado ao Mundo pela mão do ortónimo.
Mais baixo que Caeiro, de um moreno mate, seco mas forte, com uma educação rígida num colégio jesuíta é o homem que exulta a monarquia, o classicismo e a disciplina.
Ao nível das suas características informais destacam-se várias, que numa compilação una e coesa, desenham o denso panorama anímico do médico.
O neopaganismo é um domínio que o caracteriza. Acreditando nos deuses da antiguidade grega e rejeitando o cristianismo (A crença nos deuses é uma fé de uma espécie inteiramente diferente da fé cristã), por este constituir um impasse à vivência real e objectiva, não deixa de ver no que o rodeia, o divino. Para Reis, deus não é uma essência, não é uma entidade individual e afectiva, é um ser múltiplo, uma metáfora do Mundo.
A crença e aceitação do Fado, o cumprimento plácido dos desejos do Homem, com base na autodisciplina, ditam em suma duas características facilmente confundíveis: o epicurismo e o estoicismo.
No epicurismo, bebendo do seu pai Epícuro, o poeta, persegue numa indiferença ataráxica os seus mais profundos desejos. Embora se verifique nesta perspectiva, uma ambição de viver por inteiro, Reis através dos ensinamentos estóicos/neoclassicos impõe a si mesmo a disciplina que o moderando, impede o seu sofrimento, o compromisso e a sua ligação a paixões e a coisas inúteis: Abdica / E serás rei de ti próprio.
A sua educação assume assim um papel autoritário nesta relação que, o "eu" íntimo estabelece com a vida e com o Mundo.
Temáticas como a efemeridade e brevidade da vida, a precariedade do Homem, a Natureza, a sua impotência enquanto médico, remetem de uma forma geral para a fragilidade do Homem, perante o destino, a força superior Desenlacemos as mãos, não vale a pena cansarmo-nos.
Numa perspectiva de superar todas as angústias, que progressivamente vão surgindo, o sujeito poético refugia-se nas odes clássicas e na falsa felicidade pagã partilhada com Horácio.
Quanto ao nível das características formais, que criam a estrutura de base ao raciocínio Real verificamos: uma escrita erudita (Reis escreve melhor que o próprio Pessoa), regular na rima e na métrica, rica ao nível da classe de palavras e figuras de estilo. É caracterizada ainda pela falta de dinamismo, existência de monólogos estáticos que, enfatizam o carácter contemplativo do eu poético perante a Vida.
Estão presentes elementos do latim e da antiguidade grega: "Lídia".
Por tudo isto e muito mais, Ricardo Reis é em suma apologista da procura e satisfação dos desejos do Homem, sendo esta desapegada, calma e sincera. É nesta aceitação tranquila do eu, do Mundo e da Natureza que se vislumbra, por momentos, a possibilidade de ser Feliz.
sábado, 20 de novembro de 2010
Julgar
Julgamentos entram-nos vírus. Espalhando-se pelo corpo consomem-nos, pouco a pouco, a alma Humana que tivemos um dia, no passado.
Amarrando-nos a nós próprios com estas correntes de aço, deixamos progressivamente de agir. Alienando-nos pelo vislumbrar do espectáculo, sem graça, que o Mundo oferece.
Há quem fique mais agressivo, outros mais tristes, outros para sempre fechados em si mesmos, outros ainda profundamente racionais... Qualquer coisa como isto... não importa. ficando só, sem Humanidade alguma. Porque o Homem natural é mediamente agressivo, mediamente contente, sociável e verdadeiramente, pouco racional.
Julgando julgando, com todos esses processos dentro de nós, começamos a ser um amontoado de acórdãos de casos infindáveis... somos um pedaço de coisa alguma ou coisa nenhuma... Como todos os casos jurídicos: extensos, tristes e sem solução.
Quem julga as pessoas não tem tempo para ama-las.
( Madre Teresa de Calcutá )
Amarrando-nos a nós próprios com estas correntes de aço, deixamos progressivamente de agir. Alienando-nos pelo vislumbrar do espectáculo, sem graça, que o Mundo oferece.
Há quem fique mais agressivo, outros mais tristes, outros para sempre fechados em si mesmos, outros ainda profundamente racionais... Qualquer coisa como isto... não importa. ficando só, sem Humanidade alguma. Porque o Homem natural é mediamente agressivo, mediamente contente, sociável e verdadeiramente, pouco racional.
Julgando julgando, com todos esses processos dentro de nós, começamos a ser um amontoado de acórdãos de casos infindáveis... somos um pedaço de coisa alguma ou coisa nenhuma... Como todos os casos jurídicos: extensos, tristes e sem solução.
Quem julga as pessoas não tem tempo para ama-las.
( Madre Teresa de Calcutá )
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sangue
Era como abrir um pouco de mim.
Pelo respirar seco daquelas páginas virtuais,
Caiu-me por terra uma esperança há muito plantada...
Ele tinha escrito...
Estudos psicológicos indicam que paixões muito intensas duram entre 2 a 3 anos (...)
Era saber do que se tratava, sem o querer viver.
Recordava, para não querer:
Isto.
A angústia foi tão grande,
Que senti.
Deslizando, pelas entranhas...
Uma lágrima de sangue fruiu por mim
Pelo respirar seco daquelas páginas virtuais,
Caiu-me por terra uma esperança há muito plantada...
Ele tinha escrito...
Estudos psicológicos indicam que paixões muito intensas duram entre 2 a 3 anos (...)
Era saber do que se tratava, sem o querer viver.
Recordava, para não querer:
Isto.
A angústia foi tão grande,
Que senti.
Deslizando, pelas entranhas...
Uma lágrima de sangue fruiu por mim
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Desconhecido
Queria conhecer um Desconhecido,
Casar com ele talvez.
Ter filhos de um Desconhecido,
Quem sabe,
Podia ser Feliz...
Era não o conhecer a ele
Nem ter de me conhecer a mim,
Porque era para Ninguém,
Não tendo de ser alguém.
Era acordar e não dar satisfações,
Era chegar, sem preparar refeições.
Que importava tudo isso?
Ele não me conhecia,
O que mais sabia, nada lhe valia.
Se quisesse chorar,
Choraria.
Se quisesse esbofetear,
Esbofetaria.
Ele simplesmente não me conhecia.
Era Ser sendo verdadeiramente,
Sem medo.
Era poder bater com a porta,
Ou correr para uns braços ternos.
Era apresentar à família
Como amigo ou marido.
Era dizer tudo sem o perigo de ser magoado
Era fazer, sem ver pecado.
Que tal?
Parece-te bem?
...
A mim também.
Vamos tornar-nos Desconhecidos,
E fazer deste poema o nosso desconhecimento,
Para que nunca nos conheçamos verdadeiramente.
Isso dói. Muito.
Casar com ele talvez.
Ter filhos de um Desconhecido,
Quem sabe,
Podia ser Feliz...
Era não o conhecer a ele
Nem ter de me conhecer a mim,
Porque era para Ninguém,
Não tendo de ser alguém.
![](http://pixelicia.com/img/pixelicia/2007/09/ocultos-exposicion.jpg)
Era chegar, sem preparar refeições.
Que importava tudo isso?
Ele não me conhecia,
O que mais sabia, nada lhe valia.
Se quisesse chorar,
Choraria.
Se quisesse esbofetear,
Esbofetaria.
Ele simplesmente não me conhecia.
Era Ser sendo verdadeiramente,
Sem medo.
Era poder bater com a porta,
Ou correr para uns braços ternos.
Era apresentar à família
Como amigo ou marido.
Era dizer tudo sem o perigo de ser magoado
Era fazer, sem ver pecado.
Que tal?
Parece-te bem?
...
A mim também.
Vamos tornar-nos Desconhecidos,
E fazer deste poema o nosso desconhecimento,
Para que nunca nos conheçamos verdadeiramente.
Isso dói. Muito.
Subscrever:
Mensagens (Atom)