E lá estão eles.
Todos feitos símios
A pular sobre a calçada.
Ora se ouvem uns guinchos,
Ora se ouvem grunhidos mal entendidos
Tudo parecendo de animal.
![](http://28.media.tumblr.com/tumblr_l54bxkoflu1qzk25go1_500.jpg)
Um pouco mais a baixo,
No eléctrico vinte e oito
Vão mais uns quantos, pendurados.
Macaqueando.
Na rua com o cavalo
Estão as tábuas de pedras rolantes
Com hominídeos miniatura.
Que já nem o Freestyle é autónomo.
Algodões emborrachados, pendurados
Naquelas orelhas mocas
Zumzumzam as mesmas coisas.
Não é uma mesma língua qualquer.
São as mesmas pedras a achincalhar
Os mesmos ritmos a predominar.
É imitação completa.
Se passar uma galinha, um desses animais recentes.
Ou um daqueles unicórnios cornudos,
Em plena Lisboa.
Lá vão eles “encocórados”
Fingindo desses animais se tratarem.
Com algum estilo se diga,
Com um certo charme.
Uma extrema capacidade.
O instinto de imitar está-nos tão por dentro
Como é certa a morte matar.
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