De mãos dadas e costas voltadas chegámos por fim ao Lago da nossa Loucura.
O Lago que avistávamos, de tão negro e redundante, absorvia-nos toda a energia nas primeiras expirações.
Ficámos tristes, vazios, eternos na nossa pequenez.
O teu olhar tão assustado como o meu coração, perdia-se na escuridão daquele sítio. A escuridão que era a nossa. A escuridão que só nós criámos, porque nunca aceitámos ser felizes.
Gostava de me lembrar dos tempos em que tu e eu queríamos o mar, o mar da nossa felicidade, da nossa ousadia, da nossa promessa.
Tenho saudades dos tempos em que não éramos consumíveis pelo tempo ou pelos Lagos ou por nós próprios.
Dá-me a mão do regresso.
Há volta a dar?
Ou já saltaste para o Lago onde vamos morrer?
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