Abri o espaço onde meti o vazio e o nada, e escrevi…
“Como precisava do espaço…como precisava que o mundo não fosse mundo…que o dinheiro não fosse dinheiro… e que o beijo não fosse somente o beijo.Como gostava de ver contigo toda aquela claridade no escuro do Mundo…Tudo parece tão obscuramente nítido, nada é palpável, nada é seguro, mas é isso que realmente traz o verdadeiro sabor do existir… São essas brisas escuras que nos tornam fortes, são essas brisas que nos dão o Tudo de cada dia…
Sinto falta do meu outro eu, que já nem sei sequer se existe…Sinto falta das tardes passadas a ver o caminhar dos outros… Sinto falta do que existiu e já não existe… Mas não estou triste, sorriu vendo o desenrolar dos processos, os mecanismos que cada vez são mais perceptíveis mas sempre tão novos, sempre tão transcendentes…Os sentimentos apoderam-se de mim com tal fatalidade que tornam-se sempre inconsequentes…não sei o que isto significa…isto só acontece na ausência… no nada, no vazio… só quando me lembro, só quando desejo, só quando preciso…E a minha vida e feita dos Bons momentos, dos menos bons (entrelaçados por desejos, esquecimentos, irresponsabilidades, paixões…) e dos momentos de ausência… ausência do Mundo? Ausência de pensamento? Ausência de sentimento? Ausência de prioridades? Ausência de Deus? Não sei…"
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Tudo continuou como num dia normal…como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse sido pensado ou reflectido…
1 comentário:
Um total sentimento de ausencia deixa em cada um uma estranha sensaçao de ilusao e uma realidade cada vez mais iludida...
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