Vi um espelho no fundo de uma sala e fui ao seu encontro. Vi nesse espelho um tracejado apagado da minha própria imagem...:Vi Gestos... Vi Caras... Vi a Sociedade, que nada é, para além disto...Eram todos diferentes com mentes mediocremente iguais, senti-me nela, mas com uma tal distancia que conseguiria ultrapassar o Longe, não o longe concreto, porque ninguém possui a sensibilidade total de sentir o seu existir; num rasto de longe, estava essa distancia.
Não sentia os pensamentos naquela amostra palpável de longe... sentia toda a mente, corpo...completamente desenquadrada de todo aquele cenário. Apenas(?) precisava, das emoções, das multidões, dos gestos, das facadas, dos tempos...dessa sociedade, tanto.Ganhei coragem para ultrapassar todos aqueles vultos, todos aqueles ombros que fingiam carregar cargas pesadas; mas apenas me consegui abstrair de todo aquele cenário palpitante e poderoso que transmitia e movimentava corpos.Olhei para o lado e tinha-os a eles! Ficarão para sempre?Sim! Não, não é esse sempre, é aquele sempre que poucos conhecem, difícil de tocar, difícil sequer de ver... na fronteira imaginária do tudo e do nada, no fim, no princípio, do Mundo, por detrás da fronteira do Horizonte!?Não sei...Na nossa pequena, constante evolução do dia a dia, revelando apenas pequenos e finos grãos de areia... uns ficam outros vão, uns não voltam... Neste estúpido, mas genuíno espelho onde tento encontrar grandes respostas!Mas fico-me pelas pequenas ... são mais relevantes, mais marcantes, mais puras, mais nossas.Desejava ter apenas os bons, mas quero Sentir também os maus!
Quem percebe o que escrevo? Não interessa... não quero que entendam...
Quero que façam parte, todos sem qualquer excepção, mas que só eles, ele, ela possa(m) ficar por fora de todo o enredo do puzzle que forma tal espelho, só eles... Que lutarão dia a dia, por cada segundo ganho e perdido, na guerra dos reflexos; conseguindo ser Suficientemente fortes para serem os transparentes do(s) Eles, Ele, Ela... desprezando todo o foco reflector de dentro da posse, do desequilíbrio abismado...Mantendo-se no perfeito equilíbrio da linha da vida concreta.
A visão nítida do mais profundo, dissipou-se em poucos segundos atrasando o momento, passando para o mais íntimo, do próprio Eu.
Tudo voltou à realidade... Um momento perfeito da imperfeição humana... Essa sensibilidade visual é capaz de nem voltar... estando o seu sentido perdido à deriva, à base do Agora e do imprescindível.
Vamos escrever sobre o que nos apetecer, da forma que sentirmos, sem nunca pensarmos porque é que o continuamos a fazer...
Frase do Dia
- "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Apoderando-se do reflexo
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