As luzes foscas da tua noite recordam-me o que é sentir o transpirar da agonia na tua ausência.
O som longínquo, perdido entre as chamas das velas do teu altar, lembra-me que o tempo há muito te deu o toque de partida.
Nessa eternidade distante que criaste, no meio de uma multidão tão ausente como tu, lembras-te de mim?
Ainda consegues imaginar o que é sentir reencontros?
Ainda consegues entreter a mente com os sorrisos rasgados que ecoavam nos Mundos que criávamos em brincadeiras?
Diz-me, há quanto tempo deixaste de acreditar na tua imaginação?
Todos os horizontes que vejo lembram-me que existes algures longe de mim.
Mergulhaste há muito nas perdições da vida, como se de um limbo se trata-se. Voltas por breves momentos à superfície onde me encontro e tocas-me ao de leve como dantes.
Se calhar nunca te disse, mas as tuas mãos são como penas na minha pele. Tocam-me suavemente e logo voam para lugares distantes.
Diz-me, algum dia pensaste em escrever-me?
Algum dia pensaste em contar uma história como esta?
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