Alma tua,
Ausente, distante, nublada.
Misteriosa pelo que foi,
Revertida, fraca, amorfa
Pelo que nunca será.
Alma tua,
Que viajou sem destino,
Sem nunca se encontrar.
Perdeu-se,
Sem a força do libertar.
Alma tua,
Que não me entende,
Que lacera e deixa pó estelar.
Um pó de Vida,
Que trarará virtude
A outro universo que não o meu.
Alma tua,
Longínqua, esquecida, fugaz.
Que representa o tempo,
E tudo aquilo que não fui capaz.
Alma tua,
Que de tua nada tem.
Porque bem sabes,
A alma que digo ser tua,
É só a condição do que
me convém.
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