Quando as histórias deixam de ter linhas por escrever, os poetas dessas escrituras tornam-se seres inanimados no espaço humano. A missão desses Seres finda e os dias terráqueos acompanham o fim desse ciclo. As manhãs já mais não têm luz e as estrelas não se esteiam no céu nocturno.
A vela do teu adormecer, apagada pelo teu sopro ausente, calou esse meu espírito de poeta. Ele que nesse sopro deixou de acreditar, de ansiar, de espectar e de esperar por qualquer coisa no destino.
Porque o ensinaste Senhor a esperar? Quando a sua espera se faz de outros humanos que não concluem, que se apagam e que se calam em nome de nada.
Aprende, que a espera torna-se este movimento inconclusivo cheio de promessas quebradas e de um vazio de amor que nos destrói por cada segundo a mais.
Por isso, quando te pedia que me contasses uma história, não era em vão. Era por isto, para que o significado de escrever, nas linhas da vida, não fosse tão lábil como essa chama que apagaste num sopro.
Quanto te pedia que me contasses uma história era porque precisava de um outro poeta junto a mim que não me deixasse findar e me acompanhasse num futuro apelidado Esperança.