No fim de uma tarde de trabalho,
Com o Sol de Lisboa e o cheiro a castanhas de Outono
Vejo-te do outro lado de uma rua que é minha todos os dias.
A vida é assim.
Encarrega-se de se fazerem cruzar por nós,
Aqueles com quem nos devemos voltar a cruzar.
O valor que damos a esse reencontro,
O que fazemos com o que vemos e sentimos,
Já está por nossa conta.
E a cada vez que ignoramos o reencontro,
A cada vez que desejamos que ele aconteça noutro lugar,
Noutro momento,
A vida tira-nos, a pouco e pouco,
As chances de nos voltarmos a cruzar.
Pouco a pouco,
Dia a dia,
Até que a memória se canse
Ou a saudade se mate.
Sem comentários:
Enviar um comentário