Em dias como este, vejo-me a não pertencer mais aqui.
A distância, o longe, a viagem, ensinam-nos que não somos de lugar nenhum,
Mas tão somente escravos das pessoas ou da nossa própria solidão.
A beleza, o ar que respiramos, o tecto de estrelas que nos abriga nas noites frias
São arquétipos de um qualquer deslumbramento que advém da forçosa necessidade de querermos ser felizes.
Não há nada nos lugares.
Não há nada no que vemos,
Para além do que temos,
Do que somos,
Do que esperamos.
Por isso, tenho as minhas dúvidas
Quando digo que me vejo a não pertencer mais aqui.
Terei deixado eu de ter,
de Te ter?
Terei deixado eu de ser?
Terá a esperança acabado?
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