Há em mim um bloqueio na demanda para o infinito que em tempos conheci.
Os andares pela Vida comum, as relações sólidas, os compromissos, criaram raízes que fizeram dos meus tornozelos o seu alimento.
Raízes da terra, das folhas e da alma deste Mundo que tanto ou tão pouco consegue trazer consigo.
Há nesta prisão, a sensação leve da plenitude, da liberdade e do preenchimento do tempo.
Há o sentimento de poder sob o que não é possuído.
Há a confiança de que se encontra naquilo que queremos, um reflexo de nós, por ser o que mais procuramos.
Há uma respiração e um bater de coração.
Há tudo isto, nos dias sucessivos que vivo amarrada a vós e tão longe de mim.
Quando chega a noite, as luzes da vossa vida apagam-se, as almas recolhem-se às suas casas e nesta terra fico eu.
Só, com as minhas raízes.
Nas noites em que a sorte me bate à porta e uma forte penumbra recai sobre a vida, avisto no horizonte a tua Luz, que nunca se apaga como as dos Outros.
Essa Luz, que é tanto uma ilusão no nevoeiro quanto no meu dia a dia.
Nessas noites sou frágil.
Porque a tua Luz me toca.
Nessas noites choro e repudio-vos a todos.
Sim, vocês que me prenderam para sempre à terra,
Vocês que me impediram para sempre de me perder na noite
À procura de ti.
Os andares pela Vida comum, as relações sólidas, os compromissos, criaram raízes que fizeram dos meus tornozelos o seu alimento.
Raízes da terra, das folhas e da alma deste Mundo que tanto ou tão pouco consegue trazer consigo.
Há nesta prisão, a sensação leve da plenitude, da liberdade e do preenchimento do tempo.
Há o sentimento de poder sob o que não é possuído.
Há a confiança de que se encontra naquilo que queremos, um reflexo de nós, por ser o que mais procuramos.
Há uma respiração e um bater de coração.
Há tudo isto, nos dias sucessivos que vivo amarrada a vós e tão longe de mim.
Quando chega a noite, as luzes da vossa vida apagam-se, as almas recolhem-se às suas casas e nesta terra fico eu.
Só, com as minhas raízes.
Nas noites em que a sorte me bate à porta e uma forte penumbra recai sobre a vida, avisto no horizonte a tua Luz, que nunca se apaga como as dos Outros.
Essa Luz, que é tanto uma ilusão no nevoeiro quanto no meu dia a dia.
Nessas noites sou frágil.
Porque a tua Luz me toca.
Nessas noites choro e repudio-vos a todos.
Sim, vocês que me prenderam para sempre à terra,
Vocês que me impediram para sempre de me perder na noite
À procura de ti.