Somos miolo de um mesmo pão que ganha bolor em mãos alheias.
O que escrevo sem sentido, só para ti tem caminho.
O que escreves na loucura, faz-se raíz da minha alma,
Penetra fundo como quando morro de sede...
Neste mar demasiado salgado.
Seremos nós.
Se existirem dois seres que sofram da mesma forma,
Seremos nós.
Se existirem dois seres que silenciem pelas mesmas causas,
pelos mesmos efeitos
e em simultâneo,
Seremos nós.
Que saudade esta,
que trago e tenho.
Queria estar como o nosso sangue:
Unido, em vasos distindos.